terça-feira, 20 de novembro de 2012

Navio Negreiro


Lá vem o navio negreiro
Lá vem ele sobre o mar
Lá vem o navio negreiro
Vamos minha gente olhar...
Lá vem o navio negreiro
Por água brasiliana
Lá vem o navio negreiro
Trazendo carga humana...
Lá vem o navio negreiro
Cheio de melancolia
Lá vem o navio negreiro
Cheinho de poesia...
Lá vem o navio negreiro
Com carga de resistência
Lá vem o navio negreiro
Cheinho de inteligência...

  (Solano Trindade. Poesia Antológica)


3 comentários:

Jussara Alves disse...

Cheinho de resistência e inteligência... que lindeza esse poema que reconhece que nossos ancestrais negros africanos foram trazidos escravizados não de forma aleatória mas porque tinham as habilidades e conhecimentos necessários para o trabalho que seria aqui realizado pela colonização portuguesa.

Concentre no Presente disse...

realmente lindo e especial.. queria ser um negro nessa época pra ter a pureza que a poesia nos passa...

Unknown disse...

Qual o motivo do uso de reticências no final do verso de cada estrofe?