segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Administração de produção e recursos materiais


Administração de produção e recursos materiais

A maior aposta da Ford: Uma fábrica nova e carros novos são as armas da montadora para crescer no
Brasil
A aposta da Ford para continuar brigando por fatias maiores do mercado brasileiro é um modelo totalmente modificado do conhecido Fiesta. O novo carro, um popular que teve o nome código de Amazon, nasce junto com a moderna fábrica da montadora na Bahia. Para os 2.300 funcionários que trabalham na nova unidade de
Camaçari, município da Grande Salvador, é uma aposta de progresso para a região. Para a Ford, a segunda maior fabricante de automóveis do mundo, é uma aposta no crescimento da filial brasileira. A companhia tem participação de 7% no mercado nacional. Com a nova família de produtos que sairá da planta nordestina, ela pretende dobrar sua fatia no bolo até 2004. "A Ford pode ser ainda muito mais forte no Brasil, por isso decidimos investir tanto", diz Antonio Maciel Neto, presidente da empresa no país. Há três anos, ele recebeu a incumbência de conquistar o consumidor brasileiro e não escondem que esse é o maior desafio de seus 44 anos de vida.
A Ford não foi a única a se propor tal desafio. Toda a indústria automobilística vive a mesma inquietação. Hoje, para manter ou aumentar a venda de veículos, uma montadora tem de colocar nas revendedoras o que o consumidor quer: um carro bonito, confortável, durável, prático, ágil e, principalmente, barato. Isso não é mais segredo para ninguém e vale para modelos de todos os patamares de preço. A competição tem como objetivo fazer mais com menos. Ela concentra-se no mercado dos populares, os carros de motor 1.0. Esses modelos são hoje os propulsores da indústria automotiva brasileira. De cada dez veículos vendidos no Brasil, sete são 1.0.
Não é por outra razão que a Ford investiu 1,2 bilhão de dólares na construção do complexo de Camaçari para fabricar um carro com esse perfil. Com o tempo, outros modelos se seguirão.
Depois de desfeita a união com a Volkswagen, em 1994, batizada de Autolatina, a Ford não conseguiu voltar a seu patamar de vendas anterior. Nos anos 80 tinha quase um quarto do mercado brasileiro. Com o fim do casamento com a montadora alemã, tinha 11% da preferência do consumidor. Durante a parceria, a Ford ignorou uma tendência que se tornaria mania nacional: os carros populares. Enquanto a montadora americana investia em modelos mais caros, a alemã lançava o Gol 1000, um dos maiores sucessos da indústria brasileira.
Em 1995, a Ford lançou o Fiesta 1.0. Dois anos depois veio o Ka. Os dois juntos têm hoje 5% do mercado de populares.
Uma reação forte não podia mais ser adiada. O investimento pesado em Camaçari tornou-se imprescindível para atingir o objetivo de crescimento a que a Ford se propôs. Todo mundo está correndo atrás do mesmo filão. Prova disso é que, entre 1996 e 2001, a indústria automobilística investiu 20 bilhões de dólares no Brasil. Nos últimos anos várias montadoras desembarcaram no país e entenderam as limitações de renda da população.
A produtividade deu um salto nos últimos vinte anos. A robotização da indústria já chega a 50% nas fábricas mais modernas do país. Um operário produz hoje mais de 100 automóveis por ano, contra uma média de quinze na década de 80. A logística evoluiu a tal ponto que as indústrias de autopeças, que antes ficavam concentradas em poucos Estados, hoje viajam com as montadoras para onde elas fixam endereço. Na fábrica de Camaçari, por exemplo, 33 fornecedores acompanharam a Ford no projeto. Juntos, reduziram o tempo de produção de um carro de uma semana para um dia. Os consumidores também ganharam com o aumento de produtividade. Além do preço mais baixo, a qualidade e a durabilidade do veículo cresceram muito. “Nos anos 80 um carro era projetado para durar até três anos sem dar problemas maiores ao motorista”. “Hoje, o prazo de validade subiu para dez anos”, diz Luc de Ferran, o vice-presidente da Ford no Brasil. O consultor de indústria automobilístico.
Edgard Viana, da A.T. Kearney, aponta outros avanços excepcionais obtidos entre o fim da década de 70 e hoje.
Segundo ele, as pastilhas de freio, que precisavam ser trocadas a cada 10.000 quilômetros, atualmente duram quatro vezes mais. Um jogo de pneus, que aguentava 20.000 quilômetros, agora roda mais que o dobro dessa distância.
Os metalúrgicos também viveram mudanças radicais nesse período. A qualificação exigida para um candidato
que quisesse ingressar em uma montadora aumentou. Antes bastava ter o 1º grau. Agora o piso acadêmico é o
2º grau completo. Os benefícios também cresceram a ponto de os metalúrgicos ficarem com parte do lucro. O número de acidentes de trabalho caiu 95% em vinte anos. A mão de obra feminina, que era nula há duas décadas, já representa quase 20% da força de trabalho nas montadoras. No caso da Ford da Bahia, elas são 40% do contingente. Os avanços obviamente custaram vários postos de trabalho. Muitas funções simplesmente desapareceram nas fábricas. O nível de emprego, porém, perdeu menos do que se costuma acreditar. "Feitas as contas, a indústria automotiva como um todo não registrou grande alteração do número de funcionários", diz
Viana. Até as históricas greves dos metalúrgicos cederam lugar a acordos mais flexíveis, como a redução da jornada de trabalho, que vem impedindo demissões nos últimos anos.
O sistema de fabricação evoluiu de forma acelerada. Na fábrica da Ford em Camaçari todo o ciclo produtivo duro apenas um dia. A capacidade total é de 250.000 carros por ano, o que permite que a cada oitenta segundos um veículo entre no pátio da montadora para ser transportado para o ponto de venda. O trabalho é sincronizado.
Cada segundo conta. Quando um carro entra na linha de montagem, ainda em forma de esqueleto, os fornecedores são acionados e o pedido de peças aparece na tela do computador, especificando o volume e a hora de entrega. A divisão interna da montadora em Camaçari é comparável ao traçado de uma pequena cidade, onde a Ford seria a avenida principal e os fornecedores, as ruas transversais. À medida que o automóvel entra na linha de montagem as fornecedoras de autopeças vão simultaneamente recheando a máquina com seus equipamentos e acabamentos. Todos os funcionários dos 33 fornecedores estão lado a lado e usam o mesmo uniforme: calça azul-marinho e camisa cáqui, que traz o emblema da bandeira do Brasil de um lado da manga e do outro o da Ford ou da empresa em que trabalham. É a identificação de cada um dos 1.300 operadores. A vestimenta é adotada por gente de todos os níveis hierárquicos, do chefão, o engenheiro Luc de Ferran, aos funcionários que cuidam da limpeza da fábrica. A integração vai, além disso. As companhias do complexo têm administração única. Divide o transporte, o centro médico e têm o mesmo piso salarial. O custo de segurança é rateado entre a Ford e os fornecedores. O resultado disso é uma economia para a montadora de pelo menos
50% dos custos de administração dos serviços.
Outro ponto da fábrica que é marca registrada da modernidade é a preocupação ecológica. O sistema de tratamento de esgoto é feito por um método que utiliza a filtragem mecânica e biológica de água no solo e em tanques com o plantio de arroz. No fim do processo, a água sai purificada, podendo ser reutilizada na irrigação de jardins. A implantação dessa técnica custou 200.000 reais. O tratamento tradicional não sairia por menos de 3 milhões de reais. O sistema é simples, mas resolve o problema dos resíduos produzidos por um complexo de quase 5 milhões de metros quadrados de área, equivalente a cinco autódromos do tamanho do de Interlagos.
Andando pelo terreno, é possível ver também as primeiras mudas de um projeto de reflorestamento com o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica.
Assim como a Fiat em Betim, em Minas Gerais, e a GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul, com a chegada da Ford, Camaçari vive a expectativa de novos e melhores tempos. Toda a mão de obra da fábrica vem do município e da vizinha cidade de Dias d'Ávila. Os operários são treinados pelo SENAI durante três ou quatro meses. A parte prática do treinamento é feita dentro da fábrica. O comércio em Camaçari, cidade com 180.000 habitantes, cresceu 25% no último ano. O primeiro hotel já abriu suas portas nas proximidades da fábrica. Lojas especializadas em equipamentos de segurança, ferramentas e outros produtos consumidos na fabricação do Fiesta estão chegando. A oferta de emprego nunca foi tão alta para uma população que não tinha mais onde procurar ocupação, desde que o famoso Polo Petroquímico esgotou sua capacidade de absorção de mão de obra.
Novos cursos foram inaugurados nas faculdades de Camaçari e na universidade da capital do Estado. "A esperança dos moradores daqui é a Ford", diz a coordenadora do curso do SENAI, Maria Verônica da Rocha Bamberg. Quem já conseguiu realizar seu sonho está cheio de planos. Feliz com seu primeiro emprego com carteira assinada, Gisele Teles dos Santos Byrne, de apenas 19 anos, sonha alto. "Estou fazendo cursinho para entrar na faculdade de marketing e trabalhar no escritório da fábrica", diz ela, que atua na área de pintura do complexo.
Gisele e seus colegas da Ford, mesmo sem saber, dão forma a uma vocação da América Latina, um dos quatro polos automotivos mundiais. Os Estados Unidos ficaram com o mercado dos carros de maior porte. A Europa atende ao segmento dos veículos requintados e de alto desempenho esportivo. A Ásia é grande exportadora e satisfaz a demanda mundial conforme o gosto do cliente. "Sobrou para a América Latina produzir carros populares que podem ser exportados para os países emergentes", diz Luc de Ferran. A perspectiva daqui para frente é atender a mercados com características semelhantes às do brasileiro, como Índia, Rússia e China. Pode ser a única, mas é, sem dúvida, uma boa saída.

·         Conforme o texto acima, quais são os desafios enfrentados pelas montadoras em nossos dias?

 Hoje em dia, o maior desafio enfrentado por todas as montadoras mundiais são atender as demandas do consumidor e do mercado. O consumidor por sua vez da preferência para carros confortáveis, ágeis, pratico, seguros, durabilidade considerável e designers cada vez, mas inovadores.
Já o mercado está cada vez mais exigente e o grande desafio é fazer mais com menos, tendo referencias ecológicas e se possível implantar um sistema de logística reversa.

·         Quais modelos de veículos são considerados os propulsores da indústria automobilística atualmente? E a que proporção são vendidos esses veículos se comparados aos demais?

 Os carros de modelo 1.0, flex. A cada 10 veículos vendidos no Brasil, sete são 1.0 como, por exemplo:

Classificação
Marca
Modelo
Ano
Quantidade
Um
Volkswagen
Gol
2011
293.472
Dois
Fiat
Uno
2011
273.472
Três
GM
Celta
2011
149.083
Quatro
GM
Corsa sedan
2011
125.784
Cinco
Volkswagen
Fox / Cros Fox
2011
121.594
Seis
Fiat
Strada
2011
118.598
Sete
Fiat
Palio
2011
105.799
Oito
Ford
Fiesta Hatch
2011
93.828
Nove
Fiat
Siena
2011
90.019
Dez
Volkswagen
Voyage
2011
87.219

·         3. Cite os vários fatores que contribuíram para o grande aumento da produtividade nos últimos 20 anos.

Um dos principais fatores que levaram a acontecer à produtividade são as limitações de renda da população levaram as montadoras a reduzir os custos e consequentemente reduzir os preços para o mercado consumidor, robotização que elevou a produtividade e aperfeiçoando a qualidade dos veiculo, a estabilidade da inflação que entre os anos 80 ate os anos 90 não era estável e porem variavam muito, o desenvolvimento da população brasileira que se aliou com o crescimento da economia e a concorrência das montadoras que impulsionou o desenvolvimento dos carros.

·         Enumere os ganhos que teve o consumidor com o aumento da produtividade.

1º Carros confortáveis, econômicos, preços acessíveis e novos designers;
2º Durabilidade extensa, segurança e garantia por quilometragem rodada;
3º Facilidade com creditos de bancos aliado com promoções das montadoras que tornou a compra de um carro zero mais acessível a pessoas de classe C e D;
4º Redução frequente do IPI com prazos limitados;
5° E a atenção com as necessidades do consumidos, atendendo todas as necessidades.

·         E para os metalúrgicos? Quais foram os benefícios conquistados?

Um dos benefícios foi à qualificação profissional melhorou muito por conta de exigências do próprio mercado interno e das montadoras e também abrindo portas para a entrada de mulheres qualificada no setor operacional, abrindo mão do preconceito. A construção de novas escolas técnicas, a participação nos lucros ao fim de cada exercício, a segurança que diminuiu em 95% os acidentes de trabalho e a satisfação de cada funcionário que pode acreditar que pode subir de cargo constantemente a cada especialização.

·         Tendo em mente o conceito do just-in-time, quais são os parâmetros utilizados pela Ford em sua linha de produção?

Sabendo que o conceito Just-in-time nada mais é que produção sem estoque, os parâmetros usados pela Ford são:
- A parceira com fornecedores que exige a qualidade extrema e o compromisso para que nunca a produção para pro culpa dos fornecedores;
- Redução no tempo de montagem dos seus veículos de uma semana para um dia, em uma linha moderna;
- A eficiência no abastecimento, de acordo com o cronograma;
- A robotização da produção;
- Padronização de processos e integração de toda a fábrica;

Conceito

Ao decorrer de toda essa situação é perceptível dizer que não só as montadoras tem o desafio de satisfazer seus clientes, mas também todo mercado cosumista mundial. Sabendo que a concorrência existe em todos os lugares a Ford tem uma missão muito complicada que é satisfazer o consumidor superando seus concorrentes.
Hoje em dia, o consumista é muito exigente e isso vem se acumulando ao decorrer dos anos com a concorrência no setor que brigam uns com os outros pela fidelização de clientes. Muitas dessas exigências dos consumidores pode-se dizer até um egoísmo das classes A e B o que é ate compreensível pelo fato do governo mundial, ao decorrer do desenvolvimento e da globalização que vem impondo um sistema capitalista que a cada ano que passa se torna mais forte e imbatível.
Contudo, hoje em dia o grande desafio é o de suprir as necessidades do consumidor e do mercado. O consumidor sempre irá optar por luxo, conforto, praticidade, e o preço acessível; já o desafio do mercado é ser uma empresa ecologicamente correta, inovar sempre e se superar ate mesmo com projetos de logística inversa, em outras palavras, fazer sempre mais, com menos.

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