sábado, 27 de outubro de 2012

Os fotógrafos por trás das fotografias

O fotógrafo Tim Mantoani, utilizando uma Polaroid 20×24 (uma versão gigante da conhecida máquina fotográfica “instantânea”. Só existem seis delas no mundo), resolveu mostrar em um projeto financiado através do Kickstarter, os profissionais responsáveis por registrarem algumas das imagens que ficaram eternizadas e conhecidas pelo mundo todo. 
















Cada fotógrafo foi convidado a escrever um pouco falando a respeito da sua própria foto, e por fim, as imagens e textos renderam uma exposição e um livro, nomeado “Behind Photographs”.

Site de Tim Mantoani: http://www.mantoani.com/

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SERÁ QUE ESTAMOS PREPARADOS PARA MUDAR A HISTÓRIA DO MUNDO?
BASTA SOMENTE OLHARMOS?NÃO PODEMOS FAZER ALGO PARA MUDAR?







quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O lado Negro do Chocolate


The Dark Side Of Chocolate - (O lado Negro do Chocolate) foi produzido pelo jornalista Miki Mistrati (Jornalista Dinamarquês) e U. Roberto Romano ( Cineasta e fotógrafo que iniciou seu ativismo contra o trabalho infantil em 1995). Nos mostra uma visão real da Africa Ocidental, onde empresas multinacionais como Nestlé e Cargill apoiam de forma indireta o trabalho infantil no continente africano.Nota-se que a Nestlé, empresa que detêm 12% do mercado mundial e que tem como principal frase no seu logo (Good Food Good Life) - Boa Comida Boa Vida, esta na Costa do Marfim a mais de 50 anos e segundo a mesma nega o fato de existir trabalho infantil na indústria de cacau, cacau este que ela compra a preços baixíssimos colhido por mãos de crianças entre 14 a 15 anos que são vendidas e exploradas de maneira desumana.Devemos notar também os interesses políticos e o uso do território, pois ela esta no continente africano a tanto tempo devido a quase inexistência de impostos e mão de obra barata. Após a visualização do Documentário devemos nos perguntar ''Boa comida e Boa vida '' sera que é para todos ?







quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Qual o seu projeto de vida? A história de Valéria



Trecho do documentário "Pro Dia Nascer Feliz" de João Jardim.

Em nossa realidade, muitas vezes nos sentimos incapazes, desmotivados e frustrados perante inúmeros contextos e situações que surgem em nosso cotidiano.

A busca profissional e a construção de um projeto de vida sempre é marcado por rumos incertos. A vocação e a oportunidade nem sempre estão associadas, e muitas vezes, é necessário seguir sem uma delas.

Mas é importante seguir, buscar... Certas histórias nos enchem de orgulho, e se tornam referências de que podemos sonhar, buscar e alcançar!



O ópio do Mundo no Continente Africano

Africa um continente gigantesco de um povo sofrido durante o período da colonização européia, colonização esta que deixou vários vestígios como por exemplo barreiras e fronteiras que contribuíram nos conflitos entre povos e etnias diferentes e que sofrem até hoje com esse tipo de guerra civil religiosa. Essa é uma das falas no contexto africano  em que devemos analisar com muito cuidado. Percebo que entre grandes civilizações houveram grande resistência e batalhas intensas, mas eu vejo o povo africano em um estagio de alienação máxima e perda de identidade, já que adotaram a cultura alheia e mesmo que a força a aceitaram de uma forma que a religião interfere em seu continente, diria uma cópia perfeita e perfeccionista, pois vemos o extremismo Islâmico e a Mauritânia não é diferente,conseguiram importar e mudar para pior a religião criando leis que dão Prisão Perpétua e até Pena de Morte para pessoas Homossexuais. Percebe-se mais uma vez o extremismo da religião e como ela cega uma população inteira.
Eu pensei Vão se revoltar ! Mas a população africana foi sim para as ruas, Mas para dar boas vindas e apoiar esse tipo de lei em seu país: Uganda.



Nota-se uma primitividade incrível  o individualismo e a falta de humanismo com pessoas que independente de sua escolha sexual são pessoas como qualquer outra e cidadãs que querem trabalhar e ter uma vida comum ou pelo menos tentam!


Neste outro percebemos de forma sarcástica e irônica com que um líder religioso trata o caso, reforçando uma ideia primitiva chega a desrespeitar outros continentes que aceitam e respeitam a junção de pessoas do mesmo sexo.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ilha das Flores



Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. 

Equívocos

Imagem: DG News/ Natália Oliver (Qualquer uso indevido comunique-nos para retirada do conteúdo)
Acreditar nos políticos sempre foi algo difícil. Isso não quer dizer que não acredito na política! Apenas que repudio os que se intitulam como tal, travestidos de números, de legendas e de alianças com altos teores de imoralidade e mentiras.

Esta talvez seja uma ideia simplista com intenções óbvias. Não posso aceitar que os mesmos que pregam a sustentabilidade, uma grande mentira ao meu ver, pois creio que as causas ambientais não podem ser desvinculadas das questões sociais, utilizem pessoas como postes, ruas como lixões, onde depositam seus "santinhos" (longe disso).

Será que publicitários tão bem treinados para despertarem desejos, estimularem o consumo, dentre outras virtudes (digo condicionamentos) não entenderam que fazem uma propaganda contrária ao realizarem tamanha imundície? 

Passados três dias, o lixo ainda permanece! Triste saber que alguns ainda permanecerão por 4 anos! 



Historiadores repudiam tratamento de Veja a Hobsbawm


Resposta da Associação Nacional de História à Veja, via Facebook
Eric Hobsbawm: um dos maiores intelectuais do século XX
via Filipe Monteirono Facebook
Na última segunda-feira, dia 1 de outubro, faleceu o historiador inglês Eric Hobsbawm. Intelectual marxista, foi responsável por vasta obra a respeito da formação do capitalismo, do nascimento da classe operária, das culturas do mundo contemporâneo, bem como das perspectivas para o pensamento de esquerda no século XXI. Hobsbawm, com uma obra dotada de rigor, criatividade e profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, formou gerações de intelectuais. Ao lado de E. P. Thompson e Christopher Hill liderou a geração de historiadores marxistas ingleses que superaram o doutrinarismo e a ortodoxia dominantes quando do apogeu do stalinismo. Deu voz aos homens e mulheres que sequer sabiam escrever. Que sequer imaginavam que, em suas greves, motins ou mesmo festas que organizavam, estavam a fazer História. Entendeu assim, o cotidiano e as estratégias de vida daqueles milhares que viveram as agruras do desenvolvimento capitalista. Mas Hobsbawm não foi apenas um “acadêmico”, no sentido de reduzir sua ação aos limites da sala de aula ou da pesquisa documental.
Fiel à tradição do “intelectual” como divulgador de opiniões, desde Émile Zola, Hobsbawm defendeu teses, assinou manifestos e escolheu um lado. Empenhou-se desta forma por um mundo que considerava mais justo, mais democrático e mais humano. Claro está que, autor de obra tão diversa, nem sempre se concordará com suas afirmações, suas teses ou perspectivas de futuro. Esse é o desiderato de todo homem formulador de ideias. Como disse Hegel, a importância de um homem deve ser medida pela importância por ele adquirida no tempo em que viveu. E não há duvidas que, eivado de contradições, Hobsbawm é um dos homens mais importantes do século XX.
Eis que, no entanto, a revista Veja reduz o historiador à condição de “idiota moral” (cf. o texto “A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm”, publicado emwww.veja.abril.com.br). Trata-se de um julgamento barato e despropositado a respeito de um dos maiores intelectuais do século XX. Vejadesconsidera a contradição que é inerente aos homens. E se esquece do compromisso de Hobsbawm com a democracia, inclusive quando da queda dos regimes soviéticos, de sua preocupação com a paz e com o pluralismo.
A Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil) repudia veementemente o tratamento desrespeitoso, irresponsável e, sim, ideológico, deste cada vez mais desacreditado veículo de informação. O tratamento desrespeitoso é dado logo no início do texto “historiador esquerdista”, dito de forma pejorativa e completamente destituído de conteúdo. E é assim em toda a “análise” acerca do falecido historiador. Nós, historiadores, sabemos que os homens são lembrados com suas contradições, seus erros e seus acertos.
Seguramente Hobsbawm será, inclusive, criticado por muitos de nós. E defendido por outros tantos. E ainda existirão aqueles que o verão como exemplo de um tempo dotado de ambiguidades, de certezas e dúvidas que se entrelaçam. Como historiador e como cidadão do mundo. Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada.
São Paulo, 05 de outubro de 2012
Diretoria da Associação Nacional de História
ANPUH-Brasil
Gestão 2011-2013

Disponível em Viomundo


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Che Guevara é homenageado nos 45 anos de seu assassinato


Che Guevara fidel castro-tp


O líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara é lembrado nessa segunda-feira (8), aniversário de 45 anos de seu assassinato por forças reacionárias na Bolívia.

Em Cuba, a data é lembrada em toda a ilha, segundo noticiado no jornal Gramna - Che foi ministro da Indústria e dirigiu o Banco Nacional. Professores, estudantes e artistas renderam homenagens com discursos, música e lembrando seu pensamento crítico.

Assassinato

Guevara foi morto em 8 de outubro de 1967 quando lutava na Bolívia depois de voltar do Congo, África, onde também lutou ao lado do povo.

Em 1997 seus restos mortais foram trasladados para a cidade cubana de Santa Clara, onde ganhou um mausoléu. Na ilha, o "Guerrilheiro Heróico", como é chamado, é lembrado em símbolos pátrios e monumentos.

Fonte: Caros Amigos




domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições


Estamos novamente na época de eleições. Aquela época que é, ou pelo menos deveria ser, muito importante para nós, afinal é através das eleições que decidimos quem irá "governar" e "melhorar" nosso bairro, cidade, etc.

Mas pelo o que eu tenho observado ultimamente é que nem os candidatos estão levando as eleições a sério. Assim como nas eleições anteriores tivemos "candidatos" como o Tiririca.

Muitos dizem que este fenômeno pode ser considerado uma forma de protesto, mas será mesmo? 


Autor: Eric Arruda, aluno do 1º ano do Ensino Médio matutino e presidente do Grêmio Revolução Estudantil da E.E. Prof. Hernani Furini.


As escolhas são livres?

Fonte: http://praquepensar.wordpress.com
Amplamente enaltecida em épocas eleitorais, a democracia representativa pressupõe escolhas livres. Esta escolha teoricamente tão importante, utópica e infelizmente obrigatória, a cada eleição alimenta a esperança de uma vida melhor, mais digna e menos injusta.

No entanto, e infelizmente tais expectativas sempre resultam em frustração, norteando escolhas absurdas (subentendidas como "formas de protesto") ou ainda numa análise simplificada na escolha do candidato "menos pior", "menos corrupto",  fazendo com que a ética, os valores, e a importância política  que seria tão importante como critério de análise, fique em segundo plano, ou nem seja analisada.

O atual cenário e dinâmica do sistema eleitoral, está impregnado de mecanismos que favorecem a corrupção, a defesa de interesses privados, e alheios aos nossos. É como que se a política enquanto instrumento de regulação territorial fosse esquecido.

Reformas são necessárias, mas manter o status quo é tão conveniente! Quando será que todos terão a devida compreensão de que as campanhas milionárias exibem a essência da "corrupção" tão repudiada por todos? Ou será que investimentos privados em campanhas políticas configuram formas de solidariedade de grupos empresarias?

Ser ingênuo ou pessimista, eis a questão?



sábado, 6 de outubro de 2012

O Efeito da Colonização


A divisão da África feita por seus colonizadores europeus interferiu e interfere na convivência do povo africano. Há vários conflitos que ocorrem pelo simples fato de não terem sido respeitados os critérios culturais, e religiosos do povo por isso existem  tantos conflitos entre eles mesmos. Um ótimo exemplo dese fato é o filme Hotel Rwanda, onde é retratado um grande conflito entre povos de uma mesma região, os Hutus e Tútsis que criaram barreiras entre eles mesmos isso se deve a ideia que os colonizadores tiveram, de separar e diferenciar os povos de pele mais clara, dizendo que eram melhores que os povos de pele mais escura, esse é apenas um exemplo entre muitos outros motivos pelos quais são criados conflitos e barreiras entre o povo Africano.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um Continente duas Realidades





A África é o terceiro maior continente do planeta e possui cerca de 1 bilhão de habitantes. Por causa da sua colonização conturbada o continente adquiriu uma grande diversidade física, étnica, cultural e econômica.
Todos esses elementos contribuíram para uma separação da África em duas partes que são elas: África Setentrional (também chamada de África Mediterrânea ou África Islâmica) e África Subsaariana onde podemos considerar um divisor natural e cultural respectivamente o Deserto do Saara e a religião.
A África Setentrional possui uma melhor condição socioeconômica se comparada com a África Subsaariana, seus habitantes tem aspectos semelhantes aos do Oriente Médio e em sua maioria são seguidores do islamismo.
A África Subsaariana possui uma vasta diversidade cultural, tanto que, a pluralidade cultural muitas vezes se torna um problema, pois acaba causando conflitos armados entre povos de diferentes crenças e gerando diversas mortes.
Apesar de possuir grandes riquezas minerais a África Subsaariana possui grandes problemas socioculturais causados pela má distribuição. Os países da África Subsaariana possuem os piores índices de desenvolvimento humano (IDH).






quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Created Equal - O contraste cultural em Preto e Branco

Depois de fotografar a similaridade entre as culturas no projeto “Exactitudes”, o fotógrafo Mark Laita resolveu seguir o caminho oposto, criando o projeto “Created Equal”.

A série de retratos paralelos expostos num comparativo lado a lado evidenciam as diferenças culturais, ideológicas e socioeconômicas sem retoque, sem máscara. O choque de realidade de cada retrato oferece um lembrete que compartilhamos algo em comum, algo que nos torna iguais: a humanidade. Nascemos iguais, mas durante vida seguimos caminhos distintos, adotamos hábitos e manias. Todas as nossas escolhas compõe a imagem que nós - e porque não os outros? - temos de nós mesmos.

O que moveu Mark Laita a explorar essas diferenças de realidade foi seu trabalho na fotografia de publicidade, onde o perfeito e limpo, onde o esteticamente bonito e harmônico ganha destaque. O objetivo do projeto “Created Equal” é fotografar o que realmente vemos, que é real.













Fotografias de Mark Laita




Quase Maravilhosa – A cidade para os cariocas

O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, disso não temos nenhuma dúvida. Por suas belezas naturais e um povo alegre, o Rio é considerado uma das mais lindas cidades do mundo.  Com a missão de receber as olimpíadas de 2016 e ser uma das sedes da Copa de 2014, a cidade se transformou num grande canteiro de obras.

Apaixonada pelo Rio de Janeiro, a fotógrafa Maria Mazzillo criou uma campanha onde a fotografia é um objeto de reflexão e denúncia. Com o título "Quase maravilhosa - A cidade para os cariocas", a campanha mostra com muito bom humor os problemas da cidade. 

Maria convidou duas amigas que toparam estrelar essa aventura pelas ruas do Rio, a bailarina Dyonne Boy e a designer Melissa Ferraz. As cenas mostram um Rio nem tão maravilhoso, que tem muito  o que melhorar. Todas as cenas são fatos reais, que incomodam todos os que lidam com a rotina da cidade. A sujeira, o descaso com o transporte público, a pobreza nas ruas... Vejam abaixo:









Fotografias de Maria Mazzillo




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Fotojornalismo


Fotojornalismo



Que uma foto ou imagem chama mais atenção que um texto enorme sobre um determinado assunto isso é fato e também é fato que se não houvessem fatos não saberiamos de muitos acontecimentos, melhor saberiamos mas não mexeriam tanto com a gente.
Agora imagine os riscos que os fotografos correm para fazerem tais fotos, seja em uma guerra em um conflito ou até mesmo em um matagal escuro para tirar uma foto exuberante, um bom exemplo de um icone da fotografia é o Hungáro Robert Capa que foi um dos principais iconés da fotografia.
O Hungáro Robert Capa nome que foi inventado por ele e sua namorada que também era fotojornalista de guerra que morreu cobrindo a guerra civil espanhola ao subir em um carro de soldados feridos e esse sofrer um ataque, o carro foi atropelado por um tanque de guerra (como eu disse eles correm n riscos por uma fotografia).
Robert Capa mudou a maneira de se fazer maneira de se fazer fotojornalismo com muita coragem ela fazia fotos como nenhum outro conseguia, se colocava no meio dos tiros dos corpos bombardeios nos campos de batalha para simplesmente relatar e traduzir assim uma imagem marcante e preta e branca os acontecimentos históricos, como ele próprio dizia: Se as suas fotografias não estão boas o suficiente, você não está perto o sufienciente, fotografando vários dos acontecimentos mais importantes do século 20 mostrou que com sua coragem e bravura conseguia passar através de imagens tiradas com bastante coragem e mostrar o que realmente foi tudo aquilo o que realmente aconteceu e por fim em uma imagem ele conseguia transmitir mil palavras.
Capa morreu em 25 de maio de 1954 na guerra de Indochina ao pisar em uma mina terrestre, seu corpo foi
encontrado com suas pernas dilaceradas, Capa foi encontrado com uma de suas maiores armas drente as mãos, sua camera.

Robert Capa na operação do dia D para libertar a Europa da ocupação Nazista


Uma das fotos mais famosas da Guerra Civil Espanhola e também uma das
mais famosas de Robert Capa, o exato momento da morte de um combatente
republicano.

Autora: Paula Lisboa 3°A


Eric Hobsbawm: Morre um icone da história mundial!

Hoje a História perde um de seus grandes escritores, lamentavelmente historiadores e historiadoras estão em luto pela morte do escritor. Marxista de carteirinha, Hobsbawm deixa um legado de suma importância para a história mundial.


Eric Hobsbawm, o maior historiador de esquerda do século XX, morreu nesta segunda-feira em Londres, aos 95 anos, após um longo período doente.

Eric Hobsbawm, o maior historiador de esquerda do século XX, morreu nesta segunda-feira em Londres, aos 95 anos, após um longo período doente, segundo confirmou a família ao jornalThe Guardian. Hobsbawm morreu no começo da manhã no hospital Royal Free de Londres, onde estava internado. O intelectual nasceu numa família judia na Alexandria e se mudou para a Inglaterra aos 16 anos. Ele deixa mulher, três filhos, sete netos e uma bisneta. A filha de Hobsbawm, Julia, usou sua página no Twitter para agradecer o carinho de amigos e admiradores. "Estou muito comovida com as condolências dedicadas ao meu adorável e incomparável pai. Muito obrigada."
Entre suas obras de destaque, que influenciaram gerações de historiadores, está Era dos Extremos: o Breve Século XX: 1914 - 1991. No livro, ele afirma que o século XX começou em 1914, com a I Guerra Mundial, e terminou em 1991, com o fim da União Soviética. A publicação faz parte da quadrilogia que aborda a história europeia entre 1789 e 1991 e da qual fazem parte os livros A Era das Revoluções (1962), A Era do Capital (1975), A Era dos Impérios (1987) e A Era dos Extremos (1994). Outra obra importante é Globalização, Democracia e Terrorismo. Em 2002, Hobsbawm lançou a biografia Tempos Interessantes: Uma Vida no Século XX.
O historiador entendeu a importância de analisar os fatos políticos ainda muito jovem, aos 13 anos, quando se mudou para Berlim com a irmã para morar com os tios, após a morte dos pais, em Viena. O ano era 1933 e Adolph Hitler havia sido nomeado primeiro-ministro da Alemanha, sinal interpretado pelo tio de Hobsbawm como o primeiro indício da perseguição aos judeus que tomaria forma nos anos seguintes. Por isso, a família tratou logo de transferir-se para Londres, decisão que o historiador apontou posteriormente como a salvação de sua família. 
Em Londres, Hobsbawm passou a integrar o Partido Comunista da Grã-Bretanha ao mesmo tempo em que cursava História na Universidade de Cambridge.  
Lições - Em uma conferência realizada em agosto de 1995 no Masp, o pensador apresentou as suas três lições aos jovens historiadores que investigam fatos do passado: devem procurar saber algo do acontecido antes de mergulhar nos arquivos; devem saber que a memória dos protagonistas falhará sobre os pontos isolados da História; e devem reconhecer a inutilidade de tentar mudar as ideias e os ideais dos participantes dos acontecimentos.
A última vez que Hobsbawm esteve no Brasil foi em 2003, para participar da Flip, em Paraty

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“Fez uma História da Europa quando ainda não se falava muito nisso e fê-la sozinho"