sábado, 12 de maio de 2012

Satisfação Garantida, Obsolecescência Programada...



O documentário espanhol Obsolescência Programada, lançado em 2010 na Europa, chegou apenas neste anos aos Estados Unidos, com o nome de The Light Bulb Conspiracy (A Conspiração da Lâmpada, em inglês). Sua diretora, Cosima Dannoritzer, foi à América para divulgar e apresentar sua obra em festivais. Apesar de não ser um filme inédito, retoma-se a discussão de seu tema principal: a indústria determina duração curta para alguns produtos com o objetivo de estimular o consumo das versões mais atuais.
Basta pensar na seguinte situação, bem recorrente: seu aparelho de DVD quebra; você o leva para o conserto, mas o orçamento fica tão caro que vale mais a pena comprar um novo! O motivo de o equipamento antigo ficar obsoleto? Como mostra o Obsolescência Programada, ele chegou ao limite programado pelo próprio fabricante.

O documentário começa apresentando o que ocorre com a indústria de lâmpadas. Na década de 1920 cada uma durava 2500 horas. Hoje elas aguentam, em média, cerca de 1000 horas. Essa diferença aconteceu porque os fabricantes acordaram que elas deveriam “morrer” mais rápido para que os consumidores precisassem comprar mais. Há também exemplos sobre impressoras que registram a quantidade de páginas que imprimem e param de funcionar a partir de um número determinado de impressões ou meias-calças produzidas com fios de baixa qualidade, depois de sua fabricante ter confeccionado um tecido altamente resistente, para que as mulheres comprem o artigo com frequência.

Além de estimular um ciclo vicioso de consumismo, a prática causa problema ambiental e social. Os objetos obsoletos, principalmente equipamentos eletrônicos, são jogados fora de maneira incorreta – o certo seria enviar para a reciclagem – e acumulam-se em lixões, contaminando o solo. Cada nova produção exige mais consumo de recursos naturais, como água, minérios e árvores. Outro agravante é que algumas pessoas desempregadas se submetem a ir até os lixões ilegais para encontrar metais valiosos que compõem os eletrônicos – como prata, ouro, cobre, paládio -, mesmo que em pequenas quantidades, e vendê-los.


Fonte:
http://super.abril.com.br/blogs/planeta/filme-obsolescencia-programada-explica-por-que-produtos-tem-vida-util-curta/


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